Palace Hotel do Bussaco

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Mealhada - Amélia de Orleães

A ideia de transformar o antigo Convento de Santa Cruz, que jazia abandonado na Mata do Bussaco, num Palácio Real que pudesse rivalizar com o Palácio da Pena, terá sido da sogra de D. Amélia: D. Maria Pia de Saboia. O cenógrafo italiano Luigi Manini tratou do projeto inicial e trabalhos decorreram entre 1888 e 1907. No entanto, a grave crise económica que o país enfrentava, levou a que, durante as obras, a ideia inicial fosse abandonada e o edifício evoluísse para um hotel.

A intervenção resultou na demolição de boa parte do convento seiscentista.Sobreviveu uma secção que podemos identificar pelo revestimento exterior com incrustados de pedras brancas, pretas e rosadas. No novo palácio, merecem especial menção: o corpo coroado por vigias cilíndricas e ultrapassado por uma torre; a galeria com 12 arcos manuelinos no piso térreo; o Pavilhão dos Brasões, que apresenta na fachada os brasões das cidades capitais de distrito; a Casa dos Cedros, cujo projeto se deve ao arquiteto italiano Nicola Bigaglia.

O interior do edifício apresenta também um grande conjunto de motivos de interesse, em especial, painéis de azulejos do mestre Jorge Colaço e pinturas de temas variados. D. Amélia e D. Carlos visitaram o Bussaco várias vezes, bem como o filho de ambos D. Manuel. Este último viveu aqui um romance escandaloso com a atriz de revista e estrela de cabaret Gaby Deslys no verão de 1910.

(Classificado como MN – Monumento Nacional)