Turismo de Natureza
Integrado no projeto transversal “Rio e Zonas Húmidas” da CIM-RC, este percurso circular, com 9,1 km, combina natureza e cultura, ao incorporar a força da biodiversidade do Paul do Taipal com a magnitude do acervo histórico e patrimonial de Montemor-o-Velho, materializado no Castelo, no centro histórico e nos edifícios religiosos.
Sugerindo-se o início do percurso no mercado municipal, poderá caminhar pelo interior desta vila histórica, à descoberta da Igreja da Misericórdia, datada dos finais do séc. XVI (imóvel de interesse público desde 1950), e do seu magnífico Castelo, utilizando, para o efeito, as confortáveis escadas rolantes. Chegados ao Castelo de Montemor, principal fortaleza defensiva do Baixo Mondego na época medieval, classificado como Monumento Nacional desde 1910, cujos relatos projetam os seus primórdios para o séc. X com uma reforma geral no séc. XIV, deverá fazer uma visita ao seu interior e desfrutar da soberba paisagem sobre os campos agrícolas e o casario.
Do Castelo, o percurso leva à descoberta da Igreja Matriz, edifício datado do séc. XV, dedicado a São Martinho, mas do qual se desconhece a real origem (existem documentos que o remetem para o séc. IX).
Segue-se em direção ao Paul do Taipal, parte integrante das zonas húmidas do Vale do Baixo Mondego, que deve a sua origem, em grande parte, à construção da EN 111, que provocou um efeito de barreira às águas da ribeira que o atravessam. O Paul do Taipal representa, conjuntamente com os pauis de Arzila e Madriz, um dos últimos exemplos deste tipo de zona húmida na Região Centro.
Possui duas zonas distintas: a zona paludosa e a zona envolvente. Na zona paludosa desenvolvem-se espécies como o salgueiro, o amieiro, o freixo, o caniço, acompanhado do bunho, formando extensos caniçais, a tabúa, o junco, o lírio-amarelo-dos-pântanos, entre outras espécies típicas de zonas húmidas. A zona envolvente, ocupada pela agricultura e por uma zona florestada, onde os solos calcários propiciam a existência de espécies como a aroeira, o carvalho-cerquinho, o carrasco, o aderno-bastardo, a roselha-grande, a pascoinha, o trovisco e algumas orquídeas características, como o abelhão e o satirião-menor.
Quanto a valores faunísticos, o paul é um local imperdível para os amantes do birdwatching, com uma considerável diversidade de avifauna, onde existem cerca de 125 espécies de aves referenciadas. É local de nidificação, refúgio (durante o inverno) ou de repouso e alimentação de aves migratórias, destacando-se a presença habitual da garça-real, do colhereiro, do pato-trombeteiro, do caimão, da marrequinha, do pernilongo e de alguns mamíferos como a lontra.
Nos cursos de água é ainda possível encontrar o barbo e o góbio, endemismos ibéricos, o ruivaco-do-oeste – endemismo lusitano e ameaçado – e, nas zonas húmidas, anfíbios como o tritão-de-ventre-laranja e a rã-de focinho-pontiagudo.
Seguindo o percurso, sempre a subir, chegando ao miradouro da pedreira, descanse e desfrute da vista que o mesmo proporciona sobre o Castelo, os campos agrícolas do baixo Mondego, a vila de Montemor-o-Velho, a vila de Pereira ou o Centro Náutico de Alto Rendimento. Na parte final, o percurso ainda conduz à Igreja e Convento de Nossa Senhora dos Anjos, casa conventual, hoje Monumento Nacional, com origem numa pequena ermida pertencente a Diogo de Azambuja.
PR1 MMV — Rota Monumental das Aves de Montemor-o-Velho
Características
Extensão
9,10 km
Duração
02h05m
Tipo de percurso
Circular
Desnível acumulado
136 m
Altitude
90 / 0,6 m
Época aconselhada
Todo o ano.
PR1 MMV — Rota Monumental das Aves de Montemor-o-Velho
Dificuldade
Avaliado de 1 a 5 (1: fácil; 5: difícil)
Tipo de Piso
2
Esforço Físico
2
Adversidade
2
Orientação
2
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