Arganil - Leonor Teles
A configuração atual da igreja de São Salvador resulta essencialmente de obras de fundo levadas a cabo no século XVII, embora a sua fundação seja certamente muito anterior.A igreja, com três naves, apresenta uma fachada rasgada por um portal em arco de volta perfeita, encimado por cornija, onde assenta um pequeno nicho, limitado por pilastras ladeadas por grandes volutas. Acima deste, encontra-se um janelão. A torre sineira está adossada do lado direito.
No interior, apesar do retábulo do século XVII em talha policromada que está na capela-mor, o principal motivo de interesse reside nos dois túmulos de Mateus da Cunha e do prior de Sanguinheda, que estão classificados como Monumento Nacional. O túmulo de Mateus da Cunha, 7.º senhor de Pombeiro, aparece inserido em arco simples.
Datado do início do século XVI, é da autoria do escultor conimbricense Diogo Pires, o Moço. A arca tumular está assente sobre cinco leões e, na face, apresenta dois brasões a ladear um anjo que sustenta uma inscrição que aclara a identidade do corpo depositado na arca; na tampa foi esculpida a estátua jacente, vestida com armadura, de cabeça descoberta e em posição de oração. No pavimento, junto ao túmulo, foi colocada uma campa, com o brasão dos Cunha, com a seguinte epígrafe: “Aqui yaz …ao da Cunha prior que foi de S Martinho de Sãoguinheda Faleceu aos 7 de Mayo de 1564”.
(Classificada como IIP – Imóvel de Interesse Público)
