Mira - D. Luísa de Gusmão
Inaugurado em 1997, este edifício é vulgarmente chamado de Palheiro, devido ao facto de ser construído em madeira e estar assente em estacaria. A Praia de Mira era, até à primeira metade do século XX, uma aldeia piscatória onde abundavam os tradicionais palheiros: construções em madeira assentes sobre estacaria, para defesa contra os humores das marés. Os palheiros eram usados pelos pescadores, quer para habitação, quer para servir de armazém aos materiais de apoio à pesca e podiam variar de tamanho conforme as condições sociais e económicas dos seus donos.
Hoje em dia, os antigos palheiros desapareceram quase por completo, mas a pesca tradicional continua a fazer-se ao longo de todo o ano. Na verdade, os homens do mar orgulham-se de manter esta arte centenária apelidada de arte xávega, talvez a única reminiscência do passado desta praia urbana, que hoje em dia se apresenta como uma estância balnear muito concorrida e que se orgulha de ser a única do país a hastear ininterruptamente desde 1987 (ano em que foi criado o galardão), a bandeira azul. Dotada de diversas infraestruturas e serviços de apoio aos banhistas, esta praia areia de branca rodeada por dunas atrai muitos turistas que para além da praia podem ainda contar com a Lagoa da Barrinha, com água serenas ideais para a vela, canoagem, windsurf ou simples passeios de barco.