Miranda do Corvo
Esta igreja é muito antiga, evocando um tempo marcado por cavaleiros cristãos e princesas mouras. A sua fundação é anterior à independência do reino, sendo referida pela primeira vez num documento onde os condes D. Henrique e D. Teresa autorizam o presbítero Arias a fundar aqui uma igreja. Não se sabe exatamente quando terá começado essa edificação primitiva, uma vez que só volta a haver notícias dela no século XIV.
Desses primeiros séculos de história já nada resta, devido às intervenções posteriores.
De facto, o edifício atual resulta de uma campanha realizada no último quartel do século XVIII, iniciada em 1786, como atesta a data gravada na porta. Daqui resulta a feição neoclássica do edifício. É um templo amplo e proporcionado, sendo a frontaria rasgada por um portal de frontão curvo. O portal é encimado pelo janelão do coro. Repare-se nas cantarias que marcam os cunhais, os vãos que formam as pilastras e a torre sineira. No interior, de uma só nave, o maior destaque é assumido pelos retábulos em estilo rococó e o sacrário renascentista.