Arganil - Leonor Teles
Na freguesia de Pombeiro da Beira, terra à qual Leonor Teles se Meneses se encontra ligada pelo seu primeiro casamento, encontra-se um monumento de uma mulher em quem se reconheceram inúmeras virtudes – Isabel de Aragão – mais conhecida por Rainha Santa. A memória deixada por estas duas figuras históricas não podia ser mais contrastante: uma a quem os seus detratores classificavam de aleivosa, outra canonizada. Coube a Tomé Nunes, cónego da Sé de Coimbra e natural da Póvoa da Rainha Santa (na altura, chamada Póvoa da Judia), a iniciativa de mandar edificar esta capela, corria o ano de 1633.
A canonização de Isabel de Aragão, rainha consorte (1282-1325) de Portugal pelo casamento com o rei D. Dinis, era recente, mais concretamente de 1625.
Para a honra daquela que ficou conhecida pelo “Milagre das Rosas”, construiu-se uma capela de modelo octogonal e de gosto maneirista.Cada uma das oito faces é marcada por pilastras e, em cada um dos alçados laterais foi aberta uma janela quadrada. A fachada é especialmente interessante, apresentando sobre o portal uma cornija saliente com cachorros e pináculos, encimada por nicho e, no topo, a sineira ladeada por dois pináculos. O espaço interior é coberto por uma cúpula decorada com florões. Destaque para dois aspetos interessantes: o retábulo, com pinturas da Viscondessa de Sanches Frias, e o púlpito de meados do século XVIII; a campa rasa onde foi sepultado o fundador desta capela, com inscrição de 1642.
(Classificada como MIP – Monumento de Interesse Público)