Condeixa-a-Nova - Princesa Peralta
Situada a meio caminho entre Lisboa e Coimbra, Condeixa atraiu a fixação de várias famílias nobres, cuja passagem se perpetuou através das várias casas solarengas aqui erigidas nas centúrias de seiscentos e setecentos. O desenvolvimento da moagem e a riqueza agrícola da região favoreceram também este surto construtivo, do qual o Palácio dos Figueiredos é ainda testemunho. Mandado construir por esta família no decorrer do século XVII, acolhe atualmente as instalações da Câmara Municipal.
Erigido junto à Igreja Matriz, destaca-se pela imponência da sua longa fachada, que apresenta a simetria característica das casas solarengas barrocas.
O portal, de linhas simples e encimado pelas armas da família fundadora, dá acesso a um pátio interior, a partir do qual se desenvolvem duas escadarias, ligadas entre si por uma varanda assente numa série de colunas. A terceira invasão francesa, cujo rasto de destruição se estendeu a todo o concelho, atingiu também o solar dos Figueiredos, incendiado durante a passagem das tropas de Massena e assim deixado em ruína até que, ainda no século XIX, viria a ser recuperado. Em frente a este palácio existe um monumento em memória dos combatentes mortos na Primeira Guerra Mundial. Inaugurado em 1921, o monumento segue uma composição escultórica bastante comum, apresentando a cruz, a esfera armilar e o brasão como elementos principais.
(Classificado como IIP – Imóvel de Interesse Público)