Condeixa-a-Nova - Princesa Peralta
O abandono a que a cidade de Conimbriga foi votada recorda os tempos de insegurança que serviram de pano de fundo à lenda da princesa Peralta. As ruínas de Conimbriga permitem um olhar único sobre uma cidade que foi construída há mais de dois mil anos, nos limites do Império Romano. Quando os romanos aqui chegaram na segunda metade do século I a.C., Conimbriga era já um povoado florescente. A cidade prosperou sob a influência da romanização, dotando-se de novos espaços públicos, infraestruturas e magníficas residências.
Porém, a crise do Império Romano e as invasões bárbaras conduziram, gradualmente, à sua decadência e definitivo abandono por volta do século VIII. As ruínas estão disponíveis ao grande público desde 1930, na sequência de uma série de trabalhos de escavações e investigações arqueológicas iniciados ainda no final do século XIX. As escavações arqueológicas puseram a descoberto uma parte muito significativa do traçado desta cidade, sendo ainda hoje possível observar a organização do espaço urbano e os edifícios que o constituíam: o fórum, o aqueduto, a basílica, as termas e o anfiteatro, e ainda bairros de comércio, oficinas e habitações, entrecortados por uma muralha. Instituído na sua imediata proximidade, o Museu Monográfico de Conimbriga foi criado no início da década de 1960. A sua coleção permanente ilustra
a evolução histórica do lugar, contemplando os vários
aspetos da vida quotidiana da cidade.