Góis - Catarina de Áustria
A Igreja Matriz de Góis foi instituída no ano de 1415. Está dedicada a Santa Maria Maior, padroeira da freguesia de Góis. A igreja foi muito modificada pelas campanhas de obras nos séculos seguintes: no século XVI, com a reforma da capela-mor; no século XIX, com execução da fachada e torre sineira, em resposta ao estado de ruína a que o edifício estava votado desde o terramoto de 1755. A igreja, classificada como Monumento Nacional, tem planta retangular composta por nave única, capela-mor, duas capelas laterais e sacristia.
No templo, a capelamor renascentista é digna de nota, em cujo altar-mor se podem admirar tábuas quinhentistas com representações de São Pedro, São Paulo, Nossa Senhora da Assunção e a Adoração dos Magos. Mas, apesar dos seus vários pontos de interesse, o foco principal desta igreja incide sobre o túmulo de D. Luís da Silveira, senhor de Góis e conde de Sortelha que, no segundo quartel do século XVI, decidiu renovar a capela-mor, com o objetivo de criar aí o panteão dos Silveira.
Esta empreitada foi executada pelo arquiteto Diogo de Castilho, entre 1529 e 1531, e contou com a colaboração de Diogo de Torralva. O túmulo de D. Luís da Silveira e de sua mulher é considerado um dos mais belos exemplares do renascimento em Portugal. Executado em pedra de Ançã, representa o conde sobre o mausoléu, armado e em oração, com o elmo aos pés e um livro aberto sobre uma banqueta.
(Classificada como MN – Monumento Nacional)