Miranda do Corvo
O primeiro documento conhecido que refere Miranda data de 1116 e designa o seu castelo, então ocupado por forças muçulmanas. Vinte anos depois, D. Afonso Henriques atribuiu-lhe carta de foral, mais tarde confirmada por D. Afonso II.
Miranda do Corvo gozava de importância estratégica, pois encontrava-se numa via natural de passagem para as bacias do Nabão e do Zêzere.
O seu nome surgiu em finais do século XVI em associação com o povoado designado de Corvo, onde havia uma pousada para servir a estrada real. O burgo medieval, a partir do qual se desenvolveu a atual povoação, terá nascido associado ao castelo edificado no Alto do Calvário. Sobreviveram apenas uns reduzidos vestígios materiais, caso de uma cisterna.
O núcleo mais denso do edificado localiza-se dentro do triângulo formado pela Igreja Matriz, no Alto do Calvário, e as Capelas da Senhora da Boa Morte e de São Sebastião, situadas na zona baixa. Aí, encontramos um núcleo coeso com edifícios e ruelas estreitas, onde se pode perscrutar a serra da Lousã na linha do horizonte e os jardins junto ao rio. No centro histórico, na Praça José Falcão, está outro dos edifícios incontornáveis de Miranda do Corvo: os Paços do Concelho que albergam no seu átrio o pelourinho, provavelmente datado do século XVI.