Alcáçova Real (Palácio das Infantas) e Igreja de Santa Maria da Alcáçova

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Montemor-o-Velho - D. Teresa

Nos primórdios da nacionalidade D. Teresa, condessa do Condado Portucalense e o seu filho, D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, procederam a reformas no castelo de Montemor-o-Velho. D. Sancho I, sucessor do fundador do Reino, doou o castelo e os seus domínios à filha, D. Teresa que atribuiu o foral à vila e que, juntamente com a sua irmã D. Sancha, remodelou profundamente a Alcáçova Real, transformando-a num típico paço senhorial, atualizado em relação aos principais conjuntos palacianos da época.

Crê-se que foi na Alcáçova do castelo que, em 1355D. Afonso IV reuniu com os seus conselheiros para decidir a morte de D. Inês de Castro, uma nobre galega por quem D. Pedro, futuro rei, se havia apaixonado e com quem mantinha um romance. Atualmente, o Paço das Infantas encontra-se em ruínas, sendo apenas visíveis algumas paredes que atestam a sua origem medieval e alguns elementos do período manuelino (séc. XVI). Das ruínas da antiga Alcáçova nasceu uma Casa de Chá – um espaço moderno, envidraçado e com uma ampla esplanada integrada nas muralhas. Ainda dentro das Muralhas vale a pena referir a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, fundada no século XI sobre a antiga mesquita islâmica, mas cujo aspeto atual data de inícios do século XVI. Nela destacam-se um conjunto escultórico do século XIV da autoria de Mestre Pedro e um retábulo do século XVI atribuído a João de Ruão.

(Classificado como MN – Monumento Nacional)