Montemor-o-Velho - D. Teresa
Convento e Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, compreendendo o túmulo de Diogo Azambuja
O Convento de Nossa Senhora dos Anjos teve origem numa pequena ermida pertencente a Diogo de Azambuja, fidalgo da Casa Real natural de Montemor-o-Velho que se destacou pelos serviços prestados a D. Afonso V e D. João II em África. O convento foi fundado em 1494 para acolher um convento dos frades eremitas de Santo Agostinho.
O edifício sofreu várias intervenções ao longo do tempo que definiram a sua estrutura, em especial aquelas executadas durante o século XVII. A fachada data desse século e revela uma simplicidade típica da arquitetura anterior ao barroco.
Do lado direito está a igreja, com portal retangular encimado por frontão interrompido por um nicho com imagem de Santo Agostinho; do lado esquerdo, encontram-se as dependências do mosteiro com entrada por um arco encimado por frontão triangular e assente sobre colunas toscanas. No interior da igreja, o maior destaque vai para a capela-mor, que sobrevive da edificação original. A capela-mor ostenta um retábulo em pedra e alberga o túmulo do fundador, Diogo de Azambuja, trabalho atribuído a Diogo Pires-o-Moço. A arca tumular está inserida num arcosólio e decorada com as armas dos Azambuja e apresenta estátua jacente. O túmulo foi trasladado para a capela-mor apenas no século XVIII. Originalmente, estava colocado na Capela do Sacramento, uma capela lateral aberta do lado do Evangelho, que ainda ostenta o brasão do fundador sobre o portal. Junto a esta, encontra-se a capela dos Pinas, cujo retábulo é atribuído a João de Ruão. Na parede fronteira possui outras duas capelas.
(Classificado como MN – Monumento Nacional)