Soure -Teresa de Leão
O Castelo de Soure constituía a linha avançada de proteção a Coimbra e, como tal, era uma peça chave na linha defensiva do Mondego. A fortificação tem a particularidade de estar implantada numa zona plana, pelo que se pode pensar na possibilidade de ter sido construída para defender o curso do rio ou até um mosteiro (referido no século XI). É provável que tenha sido o conde Sesnando Davides a ordenar a construção do castelo, em meados do século XI.
Seria inicialmente uma estrutura simples, que aproveitou algum material de construções romanas e suevo-visigóticas.
Em 1122 D. Teresa doou o castelo a Fernão Peres de Trava e alguns anos depois passou-o para as mãos dos Templários, o que conferiu ao castelo uma acrescida importância. Terá sido Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, o responsável por uma campanha de construção que reforçou a estrutura com duas torres quadrangulares (uma das quais ainda hoje sobrevive) e uma torre de menagem com base rampeada ou alambor (base reforçada por uma estrutura pétrea inclinada, em rampa). Mais tarde, já para o final da Idade Média, o conjunto foi objeto de uma nova reforma.
Em 1319, no reinado de D. Dinis, na sequência da extinção da Ordem dos Templários, o Castelo de Soure passou para o domínio da Ordem de Cristo, que o mantiveram na sua posse até 1834. A partir desta data a fortificação entrou numa fase de degradação. Classificado como Monumento Nacional desde 1949. Em 2000 o castelo passou a ser propriedade do Município de Soure.
(Classificado como MN – Monumento Nacional)