Museu da Pedra de Cantanhede

Inaugurado em 2001, o Museu da Pedra do Município de Cantanhede está instalado num edifício do século XVIII. Trata-se de uma unidade museológica criada com o objetivo de preservar as marcas de natureza antropológica, cultural e artística relacionadas com o uso do calcário extraído das jazidas existentes no concelho de Cantanhede, designadamente nas localidades de Ançã, Portunhos, Outil e Vila Nova. 

Esta matéria prima desempenhou um papel determinante na história da escultura portuguesa, durante os séculos XIV, XV e XVI. A centúria de Quatrocentos ficou especialmente marcada pelo vigor das oficinas de Coimbra e seus arredores, onde afluíam os mais talentosos lavrantes e escultores do país, e uma plêiade de hábeis canteiros. 80% da imaginária nacional deste período foi lavrada nestas oficinas sendo o Mestre João Afonso quem melhor representa este período. A ele sucede, no último quartel do século, Diogo Pires-o-Velho, e mais tarde Diogo Pires-o-Moço.

No século XVI assistiu-se a um novo ciclo na história da escultura em Pedra de Ançã, marcado pela influência francesa dos escultores Nicolau de Chanterenne, João de Ruão e Filipe Hodart.

O Museu da Pedra tem desempenhado um papel relevante na preservação do património geológico, o que lhe valeu a atribuição do Prémio Nacional de Geoconservação, em 2006.