Montemor-o-Velho
O Castelo de Montemor assume uma posição dominante sobre a Vila, na margem direita do rio Mondego, o que contribuiu para que se assumisse, como a principal fortificação da região na época medieval. As primeiras referências datam do século X, quando al-Mansur conquistou Montemor – Montmayur – e aí levantou uma fortificação islâmica, com mesquita, da qual quase nada resta. O Castelo que hoje conhecemos é fruto de uma longa evolução e de várias alterações realizadas ao longo dos séculos: na passagem do século XII para o XIII, ergue-se a torre de menagem e o alambor; no séc. XIV, aumenta-se o perímetro da muralha e ergue-se a vasta barbacã por forma a dificultar a aproximação do inimigo sobretudo o encosto de escadas e torres de assalto; do século XV, data o cercado norte para servir de refúgio às populações de localidades vizinhas; e, por último, do século XVI, é a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, reerguida pelo Bispo de Coimbra. No século XX, realizaram-se obras de reconstrução. Em 1910, o Castelo de Montemor foi classificado como Monumento Nacional. O Castelo de Montemor-o-Velho foi também palco de um momento trágico da história portuguesa.
Em 1355, o rei Afonso IV, reuniu com os seus conselheiros para debaterem o perigo que constituía para a política portuguesa a união do infante D. Pedro com Inês de Castro, filha de um nobre de Castela, com quem vivia maritalmente desde a morte da sua mulher. Temendo colocar em risco a independência nacional, o monarca ordenou o assassinato de Inês, no Paço de Santa Clara, em Coimbra.