Penacova
O Mosteiro de Lorvão foi fundado em 878 pelos monges de Cluny, pertencentes à Ordem de São Bento, que o dedicaram a São Mamede e São Pelágio.
Durante o reinado de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, o Mosteiro de Lorvão, juntamente com o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, tornou-se num importante centro de produção de manuscritos iluminados, tendo aqui sido produzidos alguns dos mais importantes manuscritos medievais portugueses.
Em 1200, o Mosteiro passou a ser feminino e tornou-se uma abadia da Ordem de Cister, devotada a Santa Maria. Esta profunda reforma levou a diversas mudanças e adaptações dos espaços existentes, algo que se foi acentuando ao longo dos séculos seguintes, nomeadamente através das obras de ampliação que resultaram no enorme complexo que hoje se apresenta. Atualmente, a maior parte dos edifícios que compõem o Mosteiro datam do século XVIII, nomeadamente, a Igreja, ao estilo joanino do Convento de Mafra com um imponente órgão ao estilo rococó. Subsistem alguns exemplos do século XVII, como é o caso do claustro, assim como alguns elementos arquitetónicos medievais, tais como os capiteis das capelas.
Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal, o Mosteiro de Lorvão, a exemplo de tantos outros, viu o seu património delapidado. No século XX, todo o conjunto foi requalificado para hospital psiquiátrico, tendo sido mantido e reinaugurado o órgão ibérico, exemplar único de dupla face.
No Mosteiro, existe um Museu de Arte Sacra que exibe peças do espólio do Mosteiro, tais como: paramentos, objetos litúrgicos, telas, esculturas, cerâmicas, mobiliário e tapeçaria.
Morada: Lorvão
3360-106 Lorvão